segunda-feira, 5 de julho de 2010

ASSOCIAÇÃO CULTURAL CAPOEIRA TOCAIA

SUA HISTÓRIA

Esta associação tem seu inicio na, Associação Grupo De Capoeira Guerreiros Dos Palmares, onde comecei a treinar em 1980 e cheguei a me formar em 1985 e ficando neste grupo até 1993 trabalhando e levando o brasão dos guerreiros dos palmares, depois de todos estes anos, viemos a nos separar pelo fato de estar acontecendo alguns conflitos de idéias entre eu e alguns formados do grupo, que trabalhavam com uma classe social mais elitizada e eu com as comunidades carentes, o que causavam um certo mal estar, pois éramos vistos nestes ambiente de maneira diferenciada, pelo fato de não podermos estar sempre contribuindo e participando de atividades que exigisse valores monetários, não de forma preconceituosa jamais, ganhávamos a maioria das competições internas, o que os constrangiam, pois meus alunos tinha mais garra pois levavam e levam a capoeira como uma chance de crescer, uma oportunidade de se profissionalizar e ganhar sua vida com esta atividade e geralmente as classes mais elitizada tem uma visão diferenciada da capoeira pois a vêem somente como um esporte .
Alem destas desconfortantes situações gostávamos muito de liberdade de sair visitar todos os tipos de grupo e isso também incomodava os demais, pois gostam de um trabalho mais restrito a seus alunos e ao grupo, sendo assim resolvemos nos desligar administrativamente dos guerreiros e fundarmos nossa associação, porem continuamos ligados a todos e principalmente ao mestre.
No inicio comecei com dois alunos na Associação jardim Célia e adjacências e logo estava com 50 alunos, vindo a ter nesta associação 150 alunos divididos em três horários, onde também treinavam meus dois filhos, nesta associação tivemos grandes êxitos, nossa associação junto aos professores de judô Flávio E Agnaldo que vieram a fundar a então hoje a "HIGASHIKAN", no karate-do o Professor Zelito, no hapiki-do o Professor Romualdo e atividades físicas para senhoras com a professora Rosana, juntos criamos um projeto que o denominamos, ‘CRESCER’, para atender a comunidade.
Quando estávamos atendendo um numero aproximado de quase 400 crianças e adolescente tivemos uma discórdia com o presidente desta associação que viu ali uma forma de ganhar dinheiro com tal trabalho e por termos uma visão diferente, seja politicamente ou como profissional, pois tínhamos professores que se deslocavam de regiões diversas pagando do seu bolso o próprio seu deslocamento, para ministrar aulas voluntariamente, não concordávamos em cobrar taxas das crianças carentes da periferia, por menor que pudesse ser. Ai viemos a perder o espaço, nesta época já contava com quatro estagiários, durante um tempo dividir meus alunos com eles e foram treinar com o então estagiário Fabrício na escola Paulo Cezar Dacorso Filho, na escola Maria Regina com o estagiário “Fumaça”, no Creisom Maria com o estagiário ”Kisuco”.
Nesta época comecei um trabalho em São Mateus na Escola Estadual Vila Bela pelo projeto parceiro do futuro, que veio a acabar e prossegui como voluntário, onde atendia 70 alunos todos os finais de semana, onde que tive grandes resultados, pois hoje tenho quatro monitores e um instrutor que levam o trabalho adiante, o mais importante foi ver crianças crescerem e que tiveram uma oportu-nidade, hoje retribuem dando a quem precisa esta mesma oportunidade.
Consegui construir um pequeno salão no fundo do quintal de minha residência onde retomei o trabalho, tendo alguns alunos retornando e outros permanecendo a treinar com a meus estagiários, por morarem mais perto, pela questão de horários e até mesmo por afinidades, neste espaço de 35m² atendia 80 alunos em dois horários, o que era complicadíssimo, e com o passar do tempo mais uma vez fui prejudicado por pessoas que não tem uma visão social, o que nos levou a vários conflitos com visinhos, pois alegavam não poder assistir suas novelas por causa do barulho, esquecendo eles da importância social deste trabalho, foi então que recebi uma proposta de um amigo, que conheci no Centro Unificado Jambeiro, parra assumir um trabalho voluntário neste espaço o que aceitei onde estou até hoje, levei os meus alunos para lá o que provocou a perda de vários alunos devido a distancia, porem neste espaço consegui conquistar vários outros alunos, passando de aproximadamente cerca de 200 alunos por ano, tendo uma turma fixa de 97 alunos, porem não podendo mais uma vez exercer meu trabalho com qualidade, pois o tempo é insuficiente para tal atividade, pois tenho somente 3 horas semanais para preparar atletas de alto nível o que é impossível.
Em 2009 fui convidado pelo senhor Adilson Andrade da Silva, o mesmo que me liberou o espaço no CEU, para assumir o cargo de acessor técnico desportivo na cidade de Poá trabalhando no projeto "Esporte e Cidadania" da secretaria municipal de esporte desta cidade, onde atendemos cerca de 150 crianças e adolescentes.
Todos estes anos levamos nosso trabalho árduo e cheio de empecilho, porém com dedicação, amor e acima de tudo cheio de resultados positivos, tenho seis instrutores, cinco monitores e três estagiários que são acima de tudo amigos com os mesmos ideais, tudo isso conquistado sem nenhum apoio financeiro, somente com os nossos esforços e colaboração de alguns pais, apesar disso temos conquistado vários resultados positivos.

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